Rondas são alternativa para falta de câmeras de vigilância em escolas e postos de Santa Maria

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Sem a operação de 70% das câmeras de monitoramento de segurança, a prefeitura de Santa Maria diz que está tomando medidas alternativas para garantir a vigilância nos prédios públicos da cidade. Em julho deste ano, o contrato que abrangia 550 câmeras de monitoramento e alarmes venceu e não foi renovado com a empresa. Nesse contrato, estão todas as escolas da rede municipal e alguns postos de saúde, por exemplo.

Hoje, a prefeitura conta com a cobertura de 150 câmeras de um contrato ainda vigente e outras 50 câmeras da iniciativa privada. São imagens de câmeras de empresas projetadas na Central de Monitoramento da Guarda Municipal por meio do projeto Santa Maria Segura 24 Horas, promovido pela Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) de Santa Maria. A prefeitura deve encaminhar o pedido de compra de 700 câmeras nesta semana. A conclusão da licitação é promessa da prefeitura desde março deste ano.

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A Escola Municipal de Educação Infantil Darcy Vargas, na Avenida Borges de Medeiros, pagou o preço pelo fim do contrato. Este ano, a escola, que atende 311 alunos, de 1 a 5 anos de idade, teve cinco casos de furtos e arrombamentos registrados, todos depois da desativação das câmeras de monitoramento.

Um episódio aconteceu em setembro, três em outubro e um em novembro. Depois dos casos de outubro, a comunidade escolar fez um protesto pedindo ações de segurança pelo poder público. Desde então, a Guarda Municipal destinou um servidor para fazer vigilância do local no turno da noite. Segundo a diretora, no dia do atendimento da ocorrência mais recente, em 6 de novembro (foto ao lado), parte das câmeras voltou a funcionar. A prefeitura acredita que a empresa não realizou o desligamento.

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A diretora da escola, Marcia Beck, disse que algumas ocorrências nem chegaram a ser registradas na polícia. Segundo ela, na maioria das vezes, a própria comunidade ajuda na reconstrução das fechaduras, portas e cercas danificadas. Já as lâmpadas de LED do pátio, que já foram furtadas por mais de três vezes, não foram repostas.

- Meu medo é com relação ao período das férias, em que a escola vai ficar fechada por mais de mês - reclama.

Outro caso é da Escola Municipal de Educação Infantil Luizinho de Grandi, na Cohab Santa Marta, no Bairro Juscelino Kubitschek, que foi alvo de bandidos no feriadão de Nossa Senhora Aparecida e do Dia do Professor, em outubro. Os bandidos arrombaram uma janela e levaram a merenda escolar. Segundo a diretora, Andréia de Melo Buss de Castro, a escola também estava sem monitoramento por câmeras e sem alarme, na época.

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O QUE DIZ A PREFEITURA
Segundo o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, outra saída para a insegurança nas escolas e postos, até que não seja escolhida a nova empresa prestadora do serviço, são patrulhas realizadas pela Guarda Municipal e Brigada Militar.

- A Darcy Vargas não é a regra. Temos mais de 70 escolas no município. Os problemas que existem são pontuais. No momento que venceu o contrato com a empresa que prestava o serviço, nós estabelecemos rondas periódicas com a Guarda Municipal na rede municipal e sentamos com a Brigada Militar para reforçar o atendimento em todas as escolas justamente para que pudesse ter o menor impacto possível - explicou Cortez.

O comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) da Brigada Militar de Santa Maria, tenente-coronel Erivelto Hernandes Rodrigues, diz que as rondas têm atendido demandas pontuais em contato com a Guarda Municipal.

Ainda segundo a prefeitura, o termo de referência da licitação das novas câmeras, o documento que contém as informações sobre os serviços e tipos de câmeras que serão contratados, será entregue à Secretaria Municipal de Finanças esta semana. A previsão é que o novo sistema esteja operando em janeiro de 2019.